As Sufragistas (Filme) #Compartilhando





Sabe quando você assiste a um filme e acha que todo mundo devia assistir? As Sufragistas me deu a mesma sensação. E por isso estou aqui #Compartilhando com vocês.

De direção de Sarah Gavron, roteiro de Abi Morgan e estrelado por Carey Mulligan, Helena Bonham Carter, Meryl Streep e Anne-Marie Duff, SUFFRAGETTE (título original) é um drama incrível e realista da luta das mulheres britânicas pelo direito ao voto. Ele é uma produção da Universal Picture, tem duração de aproximadamente 130 minutos e foi lançado em 2015.  

Sufrágio é um termo pouco usual (pelo menos eu desconhecia) que significa “processo de escola por votação” daí as sufragistas era o nome dado às mulheres que participaram do movimento pela luta ao direito do voto feminino que se espalhou por todo o mundo, inclusive pelo Brasil.

“As mulheres não têm a serenidade de espirito ou equilíbrio mental para exercerem julgamento em assuntos politicas....”

Essas são as primeiras palavras que você ouve assim que aperta o play ao mesmo tempo em que ver mulheres quebrando vidraças e gritando: Mulheres nas urnas! Mulheres nas urnas! Da primeira a última cena, Suffragette escancara a dura realidade da mulher no inicio do séc. XX e sua árdua batalha pelo direito a igualdade de gênero e a resistência do sistema (homens) para tais mudanças.

Maud Watts, personagem central, é uma trabalhadora de uma fábrica de passar que conhece o Movimento Sufragista meio que sem querer e acaba fazendo parte dele através de sua amiga de trabalho Violet Miller. A partir daí Maud começa a ver o mundo como ele realmente é, passa a querer outra forma de vida para as mulheres e começa a sofrer as consequências de ter tal pensamento. Uma das personagens principais na articulação do movimento é a Emmeline Pankhurst, personagem real que viveu entre 1858 e 1928 e ajudou a fundar movimento sufragista britânico. Emmeline lutou bravamente, foi presa inúmeras vezes e fez greve de fome na cadeia.

Emmeline Pankhurst interpretada por Meryl Streep

Apesar do pano de fundo ser a luta pelo direito ao voto, o longa também mostra a desigualdade de gênero, a marginalização da mulher na sociedade, a obediência feminina ao homem, o assédio sexual e moral no ambiente de trabalho, as péssimas condições de trabalho, o julgamento da sociedade... É impossível assistir e não entristecer-se e revoltar-se em ver que um filme que passa no cenário do início do séc. XX trata de assuntos tão atuais. O olhar recriminador da sociedade para com aquelas mulheres que não pensam e não agem de acordo com ela, mesmo mais de 100 anos passados, não mudou.

Ser uma sufragista era o mesmo que ir contra a lei, era algo vergonhoso para a família, era motivo para serem apontadas e ridicularizadas pelos vizinhos e por outras mulheres. 

As Sufragistas nos lembram de que tanto o direito ao voto como tantos outros já conquistados só foram possíveis graças à luta e, principalmente, a união daquelas que não se intimidaram pelo machismo.

“Estamos lutando para que cada menina nascida nessa época tenha os mesmo direitos que seus irmãos.”

Com diálogos marcantes (confesso que enquanto assistia, fiz uma lista com as frases do filme e quase que redijo o filme tudo) Suffragette nos lembra que quando a gente não concorda com o sistema e queremos muda-lo sempre estaremos sujeitas a retaliações, julgamentos e que sempre serão necessários sacrifícios. E que nem sempre a lei é certa e justa, principalmente quando ela é redigida e aplicada por homens.


“Não queremos infringir a lei, queremos redigir as leis”


Cenas de As Sufragistas

Descobri esse filme ontem e já esta na minha lista de filmes “ei, você já assistiu tal filme? Assista que é muito foda”. 

Deixo como indicação para as mulheres para que todas nós não esqueçamos quão árdua foi à luta pelo direito ao voto e que, mesmo não valendo muita coisas nos dias atuais (Teve golpe sim!), devemos fazer bom uso dele votando consciente e aprendendo que politica se faz todos os dias. Além de inspirar e dar força para continuarmos a luta pelos direitos que ainda nos faltam...

“Jamais se renda. Jamais desista da luta”

E aos homens indico como forma de verem o que acontece quando, nós mulheres, decidimos confrontar o machismo e não agir de acordo com o que a sociedade manda.

Suffragette é um excelente filme para instigar o debate em sala de aula da desigualdade de gênero e o que mudou e o que ainda continua o mesmo em pleno séc. XXI.

 “Estamos em cada casa e somos a metade da humanidade. Não podem nos deter.”














Adoramos quando vocês comentam e contribuem para discussão.

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